28 março, 2012

Parabéns para mim


Hoje, dia 28/03, essa data tão bonitinha é o meu aniversário, pensando nisso, vou relatar o dia que recebi meu primeiro grande presente, vou relatar o parto da Lara.


“Depois de exatas 38 semanas de uma gravidez super tranquila, claro que tive enjôos, vômitos, muita muita muita azia, no dia 24/09/2006 nasceu minha princesa.
Passei a gravidez praticamente inteira pedindo a papai do céu que não passasse mal na hora do rush(quem mora no no Rio de Janeiro vai me entender). Quando engravidei, não tínhamos plano de saúde, então comecei a fazer o pré-natal em um posto de saúde próximo a minha casa, passados uns dois meses a avó do meu marido conseguiu uma vaga para eu fazer o pré-natal e o parto no hospital dos Servidores do Estado, que é um hospital que só aceita gravidez de alto risco, mas como ela trabalha no hospital foi aberta esta excessão. Para chegar no hospital(que é distante uns quarenta minutos da minha casa) é preciso ir pela Av. Brasil, uma via importantíssima no Rio de Janeiro que nos horários de pico costuma “parar”(entenderam o motivo das orações?), imagine a pessoa passando mal, sentindo contrações e parada em um engarrafamento na Av. Brasil,(cheguei até a sonhar que o parto seria feito por um policial que estaria passando no momento).
Quando estava com uns seis meses de gravidez meu marido começou a trabalhar no Hospital dos Servidores na parte administrativa, o que me deu um pouco de segurança.
No sábado dia 23 de setembro, fomos até a casa da minha mãe a noite, voltamos, comi um misto quente e ficamos vendo televisão(quer dizer eu fiquei vendo televisão em um sofá e o marido dormindo no outro), qando terminou o filme umas duas horas da manhã, nós fomos para a cama, dormi e as cinco da manhã acordei para ir ao banheiro, quando levantei senti que estava molhada, fui até o banheiro e percebi que continuava escorrendo, voltei pro quarto e avisei ao marido que a bolsa havia rompido, mas que não estava sentindo nada. Liguei para a minha mãe avisando que a bolsa havia rompido, mas que ela ficasse tranquila pois como não estava sentindo dor não iria para o hospital naquele momento. Arrumei a casa, fiz o almoço(bacalhau que estava morrendo de vontade de comer e não consegui), assisti a missa na TV, foi então que minha mãe chegou em casa dizendo para correr pro hospital pois uma prima disse que a criança não poderia ficar na barriga depois que a bolsa rompesse. Contrariada, pois tinha medo de chegar no hospital e por não estar sentindo as dores ser esquecida num canto, peguei a bolsa com as minhas coisas, a bolsa com as coisas da Lara e fomos para o hospital, meu marido, eu, minha mãe e o tio dele. Depois de tantas orações, Deus me ouviu e as dez horas da manhã de um domingo, com a temida Av. Brasil vazia, fomos para o hospital. Quando chegamos no estacionamento a bolsa rompeu mesmo, molhando o banco do carro, ainda assim eu não sentia as contrações. Subimos para o 2º andar onde é a maternidade e ao meio dia fiz um cardiotoco e a obstetra me examinou e disse com quanto de dilatação eu estava(não me lembro exatamente quanto era). Fomos para o pré parto meu marido e eu, que como trabalhava no hospital já conhecia a maternidade e alguns médicos e enfermeiras, me colocaram um soro com ocitocina para começar a sentir as contrações e mandaram eu andar para acelerar as dores. Fiquei caminhando no corredor, onde estava minha mãe com o marido segurando o soro e comecei a sentir as dores, voltei para o pré parto, pois não conseguia mais andar de tanta dor, estava cansada, pois não tinha dormido direito e não havia me alimentado naquele dia, pedi um copo de água e a enfermera e ela disse que não podia beber. No intervalo entre um contração e outra, ficava bem coversava com as enfermeiras, com meu marido, tomei um banho de água quente e fiz uns exercícios na bola suiça até que não estava mais aguentando as dores lembro que quando a contração vinha ao invés de fazer foça eu fechava as pernas e virava de lado, foi então que a obstetra chegou e fui levada para a sala de parto, marido foi junto tive umas contrações bem forte até que a médica fez um corte(episio) e eu senti a Lara nascer, senti a cabeça, senti o corpo e neste momento a terra parou de girar, os pássaros pararam de cantar o mundo parou e só o que existia era a minha filha nascendo, sem chorar(para não acordar a mamãe deste sonho), perguntei porque ela não havia chorado e ela(percebendo que a mamãe já havia acordado) chorou em alto e bom som, e o papai babão deixou a mamãe e foi babar a cria, neste momento não sentia nada, não sentia dor, não senti a placenta sair, a médica dando os pontos, só sentia alegria em poder dar a luz, pois foi isso que aconteceu, eu ajudei minha filha a vir ao mundo,  após os procedimentos a enfermeira a trouxe e quando colocou a Lara sobre mim ela se calou e nós nos reconhecemos, pois já nos conhecíamos. A enfermeira tirou  uma foto da família que junto com a Lara estava nascendo naquele domingo chuvoso.
Lara nasceu as 15:40hs do dia 24 de setembro de 2006 com 52 cm e 2920kg.”


                                                      Lara com um dia de vida.

Um comentário:

  1. Que relato mais lindo!!!

    Parabéns pelo seu aniversário, que Deus te dê muita saúde para realizar todos os sonhos existentes em seu coração.

    Beijinhos

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